Usina Itajobi une forças com GVO e confirma moagem pela Usina Catanduva em 2024
Em segunda reunião, a AFCRC intermediou anúncio feito aos fornecedores
A Usina Itajobi uniu forças com o Grupo Virgolino de Oliveira (GVO) e será parceira para a moagem de cana pela Usina Catanduva, a partir de março de 2024.
O anúncio foi realizado na tarde desta terça-feira (19), na Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Catanduva, que intermediou a reunião entre as unidades industriais e os fornecedores.
“Fizemos um contrato de parceria onde envolve um financiamento para reforma da indústria, que já foi iniciada com aporte feito pela Usina Itajobi e um contrato em que a Usina Itajobi nos fornece a matéria-prima. Nós industrializamos e devolvemos o produto para ela. Em cima disso, o Grupo Virgolino terá uma participação”, afirma Marcos Roberto dos Santos, diretor executivo da GVO.
Com a parceria firmada, toda a negociação de cana de fornecedores da região será de responsabilidade da Usina Itajobi, inclusive os pagamentos. “O mais importante que temos aqui é a retomada de uma usina de 1950, a promoção de mil empregos e a arrecadação para os municípios em nossa volta e, consequentemente o desenvolvimento”, afirmou João Mourad, sócio proprietário da Usina Itajobi.
A Associação dos Fornecedores de Cana de Catanduva tem acompanhado desde quando o GVO sinalizou intenção de retomar as atividades na unidade Catanduva e participou de todas as negociações com o objetivo de favorecer os fornecedores.
“Fica o meu agradecimento e principalmente confiança no nosso trabalho”, afirmou Nadia Gomieri, presidente da AFCRC.
Santos voltou a reforçar, que apesar de existir o plano de recuperação judicial no Grupo Virgolino de Oliveira, a retomada das atividades da unidade não afetará o processo. “Muito pelo contrário. Gera receita, gera emprego, gera o social que é muito importante num processo de RJ de uma empresa”.
Relembre
Em outubro deste ano, a diretoria executiva do Grupo Virgolino de Oliveira sinalizou a expectativa de reativar a unidade industrial Catanduva. Uma primeira reunião foi realizada também na Associação de Cana.
Na ocasião, um modelo de trabalho estava sendo estudado. A GVO explicou que o objetivo é priorizar a produção de açúcar.
Números e expectativas
O GVO espera iniciar com uma moagem de 2 milhões de toneladas em março deste ano. O volume corresponde a 50% da capacidade total da unidade industrial.
A empresa pretende contratar visando o próximo ano, mil funcionários.
Recuperação Judicial
Os representantes da GVO também traçaram breve linha do tempo do plano de Recuperação Judicial (PRJ) que se estende desde que foi aprovado em 2021.
No plano, as unidades industriais de Moções, José Bonifácio e Itapira serão vendidas, assim como as propriedades rurais, quitando, portanto, três das quatro classes dentro da RJ. Restando a UPI Catanduva. “A unidade está como garantia com relação ao fisco federal. Em nossa negociação com o governo federal, conseguimos com os descontos de prejuízo fiscal reduzir consideravelmente o montante a ser pago. Parte do valor já está depositado em juízo, na Comarca de Santa Adélia e o restante devidamente negociado para ser quitado. São dois momentos distintos, aquele está lá sendo resolvido e agora vamos ver o novo daqui para frente”.
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